Bem no meio de mim
Entre o figado e coracao
Entre a carcaca e a vida
Pulsa em ritmo frenetico
Tropega fria indomavel
Vestida de perfida inocencia
Atravessa a friagem mar opaco
Entre o figado e o coracao
Onde ocorre a liturgia
Levitando em manto opaco
Palavras vestidas de preguica
Rocam as aguas com a lingua
Lambendo docemente as feridas
No quarto que me acolhe todo o dia
Esgueirada gata mansa
Roi as unhas suicida
O sangue pulsa sinapse invertida
Na garganta a lingua morta
Falica profunda meiga escandalosa
Aborda presuncosa a poesia
OM
(a Indignada teimosa)
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