domingo, 6 de março de 2011

........

e enquanto o fósforo aceso, ardia ainda,
ela, dura, tesa como uma rainha
esperava o fogo, fátuo, apagar-se:
a pira.

há mistérios num enterro,
ai, se há! não se sabe quem se enterra
se é o morto,
ou se é o seu olhar...

(quem vai me olhar agora?)


..............................................


esse que ali estava
com seu único terno
(e listrado, tadavia),
era seu pai, rapaz,
irmão, tio ou marido?

fez as vezes, foi às fezes...
misturado à relva fria
pobre homem (sem cabelo)...

restava agora a doçura
de um olhar fechado
em pálpebras amarelas
satírico, tosco,
era o marido que era.

................................

enterro ficcional, simbólico, anistia!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário