Esocrregava entre os dedos,
E o vento fustigava o papel de encontro à mesa.
O bar, cheio, casa lotada, e o papel voava entre os dedos.
Formigava, aflito, no desejo incontido de ser escrito.
Tem vida, gosto, sabor de fruta, de hortelã, mas foge.
Tem uma caneta, urgente?
- Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa.
Escrevo, ele me acaricia.
Voa de novo, e eu busco desesperadamente entre as mesas e
entre as brumas de memória que se perde.
Eu o quero como era: Lindo, fresco e novo.
As folhas amarelecidas com jeito de macarronada, já me prendem as mãos.
Vazias.
- Seu garçom, faça o favor de me trazer papel.
Arrebato-o do chão imundo. Vozes fervem meus ouvidos. Cega, busco a tinta.
Estava aqui inda agora, em forma de rimas e anteversos, uma delícia.
Era meu.
Subiu aos céus, virou estrela, apagou-se contra o sol...
Perdi meu texto.
OM
E o vento fustigava o papel de encontro à mesa.
O bar, cheio, casa lotada, e o papel voava entre os dedos.
Formigava, aflito, no desejo incontido de ser escrito.
Tem vida, gosto, sabor de fruta, de hortelã, mas foge.
Tem uma caneta, urgente?
- Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa.
Escrevo, ele me acaricia.
Voa de novo, e eu busco desesperadamente entre as mesas e
entre as brumas de memória que se perde.
Eu o quero como era: Lindo, fresco e novo.
As folhas amarelecidas com jeito de macarronada, já me prendem as mãos.
Vazias.
- Seu garçom, faça o favor de me trazer papel.
Arrebato-o do chão imundo. Vozes fervem meus ouvidos. Cega, busco a tinta.
Estava aqui inda agora, em forma de rimas e anteversos, uma delícia.
Era meu.
Subiu aos céus, virou estrela, apagou-se contra o sol...
Perdi meu texto.
OM
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