terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tudo tem um fim


Ficando neurótica, passei a escrever de um jeito que não é meu jeito, como se estivesse a escrever crônicas para receber o salário, e...pior, estou escrevendo para agradar, com medo da crítica e do mal entendido.

Esse vício de ficar esperando os comentários está acabando comigo.

Ficando surda pois não ouço outras vozes, estou presa dentro de mim, de onde não saem mais as palavras autênticas e espontâneas.

Quando quero ser apenas eu. 

"Lingaugem internética", o que é isso? 

Se escrever é isso, melhor eu parar. Não. Não quero escrever pensando no outro e o que esse outro vai pensar de "mim". Sou uma personagem?

Arrumando palavras, exercendo uma crueldade que nunca tive. Me poupo.

É noite e o silêncio me suplica: fala, fala. Mas sinto um medo desconhecido. Medo, coisa que nunca tive. Já disse outras vezes que vou me retirar. Não peço pena, e sim misericórdia, que é pena com ação.

(Tentando em vão, sinto-me frustrada).

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