sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Desisto


Não insisto mais em colocar
De molho as barbas do profeta

Quero o suor, o sangue,
Quero as botas do "seu" Judas

Quero um feto empalhado
Um belo palhaço engraçado
Que me faça cócegas ao ouvido

Um som saindo de vez em quando,
O barulho dos teus pulmões

A pressa, a deixa, o bilhete amassado...
A calma que sinto ao teu lado

Desveste essa alma inerte, e vem
Poeta amado

Quero teus dons, teu porte
Tua força, tua galhardia

Amadurar nos teus braços
Na calma da tempestade
Quero o barulho da água fria
E o beijo quente na minha orelha


Macabéa Julieta (olgamota

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