quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Até amanhã


Então falemos. Não faço poesia. Não consigo fazer rimas e ao mergulhar na tinta do papel minhas asas partem-se. Sou duas, afinal. Uma ao teu encontro, e a outra...? Não sei. Leio os poetas e me emociono. São tão doces, os homens. E as mulheres tão...tão...viril, virizes, como dizer o feminino de viril? (já sei que o Luiz Carlos vai dizer que é virilha), quando de forma nada sutil se referem ao membro masculino, My God! Houve um tempo de Rei Tamuz, deve estar voltando a era.
Enquanto isso, no castelo de Lindalva, a feia Clarice desfazia as tranças de Carol.
Todas muito feias, horrorosas, porque a feiura é cult.
Ainda bem que estou aportando num horizonte azul, lleno de cavalheiros que foram abandonados no castelo que foi de Lindalva, ou foi da Suely, ou da Clarice.
E eu me perdendo no meio de tanta fragilidade, com minha fala amarga e minhas vísceras encarnadas.
Juro que a partir de amanhã eu serei outra, juro. Perderei essa secura, não serei ácida nem cruel comigo nem com mais ninguem. Apenas uma imagem leve estampada na calça jeans de algum garoto abandonado, ou uma tatuagem de borboleta numa bela bunda. Posso ser o que quiser, disseram (quem leu o "O Segredo"? - eu não).
Tentarei falar de amor. Serei corderosa, leve e light e vou procurar uma nova embalagem de aluminio para mim. Juro. Ate amanhã.

OlgaMota

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