quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

...e assim começa meu livro.


Escorrem dedos pelas minhas costas, enquanto finjo. Caçando minha lama ancestral, nem desconfiam que sou lama.

Não me toquem! Seus dedos gordos e lábios úmidos escorrem em meus braços: de qual planeta vocês estão vindo? De Marte? Mas eu sou de Vênus. Não me toquem! Vivi no seu planeta durante algumas décadas, por isso estou sabendo do plano inteiro.

Corpos.

Agora está dificil o salto, o peso que carregamos é enorme. Que fazer com corpos tão pesados? Suas demandas de carinho, afagos, amparo, sonhos e carícias?

Há, no entanto, um corpo vazio que cai sempre à beira de um precipício - você.
Ôco, fica no limite entre o consciente e o inconsciente, que a gente sabe que é a razão do inconsciente, que, por sua vez, é a lógica mais lógica do sonho.

Você.

Sua alegria me perturba como se fosse tolice. Talvez num pouco de seriedade você pudesse encontrar o snetido da vida. A lucidez ytalvez incoporasse à razão. Você cai...cai...e foge.

OlgaMota

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