quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

sei lá...


Enfim, o mistério soluto. Já consegui provar que não sou fake (será...). Mas a incógnita continua: como funciona um bar? Imagine a cena: pessoas entram, saem, bebem, bebem, entram, saem, bebem, bebem. That´s a bar. O que uma pessoa séria como eu estaria fazendo num bar, tarde da noite, a não ser procurando me divertir um pouco? O que seria um reduto de alegria parece um velório ou calvário cadafáltico onde a primeira cabeça que aparecer vai rolar, vai ser decapitada: "gostado"..."muito fraco"... "insípido"..."decassílabo fraco"...onodeocasilábico muito fraco"..."fã" "up", sobe", thchan tchan tchan e tchan tchan tchan..."adorei, gostei, amei!", "prefiro o anterior"...
Claro que não descarto a possibilidade da seriedade (olha a rima pobre). Nem tampouco o fatídico lugar-comum, que não se sabe mais com hífen ou sem. Não cogito nem de longe perturbar a solidão alheia, por que a mim ja me basta a minha, nem pretendo ser engraçada porque isso nem de arremedo sou.
Não consigo fazer longas dissertações sobre ânus, assunto tão desejado, idolatrado, salve, salve! Up na certa.
Mas estou no bar. Já é um pouco tarde de sábado. Não vejo ninguem. Não é dia de velório. É dia de rua, de cinema, de teatro, de tv, a mulher proibiu "sábado e domingo, nem pensar!" Isso pode destruir um casamento. E, pior, o que eu disser aqui estará dito, never more até 24 horas depois vou poder falar de novo. Enquanto isso as provas se acumulam, a defesa se retrai e eu continuo suspeita.

OlgaMota

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