sexta-feira, 12 de novembro de 2010

com licença...passando pelas mesas...


Aqui há tédio. E ele paira como uma nuvemzinha de garoa. Paira aflito sobre as cabeças escreventes e escrivanhoras. Pesado. O tédio é uma peste, quando se instala, nao tem jeito. Precisamos escrever? É tão necessário? Por que espirrar as inspirações forçadas (ou não, pode ser).
Há gente que não escreve, só lê. Outros que escrevem tudo que lhes passa na cabeça. Não é bem assim num bar de verdade, vocês sabem.
Num bar de verdade a gente vê o olho, sente a fala, percebe os gestos, os sinais do corpo, todos falam ao mesmo tempo. E, pior, ainda se paga a conta no final.
Deve ser porque é de graça, deve ser. Cá com meus elásticos que amarram as calças da academia.
Nem acredito quando me leem e comentam: eu existo! Afinal, esse é o grande tédio: precisar do outro.
Hoje é puro tédio.
Não estou vendo graça, nem me animam os sonetos, as garatujas que eu escrevo, alguem guardando para postar à noite o texto sensacional que vai dar 76 coments e respectivas upadas.
Não quero escrever mais. É puro tédio.
Mas amanhã eu volto, com certeza. Carregando nas teclas o meu proprio tédio, afinal...continuo derramando tédioem guardanapos.


Olga mota

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