Sentada na beira do túmulo, a moça pensava. Não, não estava chorando, nem nada. Apenas...a moça pensava. Na morte, na vida, na desesperança. E amassava entre as mãos o caule de uma flor. Já anoitecia, e os coveiros tinham que terminar seu trabalho e aguardavam, com a pá e a enxada, esperavam que a moça levantasse. Tinham que terminar o trabalho. A cova ainda rasa, e a moça lá sentada. Se demorasse muito, ó flor, poderia ser enterrada junto. Nada tão longe do que ela desejava.
OlgaMota
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