quinta-feira, 18 de novembro de 2010

quatro parágrafos


Conseguiu encontrar as chave do carro dentro da bolsa, toda confusa em suas mediocridades de maquiagens, papeis e outras chaves.

As flores regavam seu colo. Uma ardência estranha invadiu os seios túrgidos, numa espécie de agonia relembrou o calor das mãos dele entre seus seios. Não, ele não morreria. Quem mais poderia atingir seus âmagos com tanta frequência e anseios? Ninguem.

Acelerou o carro. Alta velocidade: cem quilômetros por hora - não era suficiente. Mais...mais...cento e vinte...cento e quarenta, e, de repente, no calor da velocidade, já não pensava.

Estava apenas entre eles o calor das suas mãos entre os seios, e a verdade: ele já não estava.

OlgaMota

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