quinta-feira, 25 de novembro de 2010

pequena história (quatro parágrafos do oitavo)


Esconde o corpo atrás do balcão e faz da porta serventia para o ladrão. Ele entra, arrombando, destruindo, e armazena seus tesouros. Muito simples: rouba tudo, diz: não presta, seleciona. No chão, os de menosvalia, na bolsa, o que tem valor. Ainda disse: não gostaria de ser uma das tuas partes na minha casa. E roubou sua alma.

O dia terminou e ela inda estava lá, sentada na frente do armário vazio. Ele tinha levado mais, muito mais do que suas roupas (para que lhe serviriam?).

E, no mais, até a maquiagem - pra que, meu Deus? Deixou-a de cara lavada.

Na máquina, a malha de molho. Na cabeça, o amor e a dor - rima pobre - foi o que restou. Não me cobrem rimas ricas. Tenho que contar apenas a história.

OlgaMota

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