sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Em mim


Alguns pedaços se partiram.
Dói algo que me desconhecia.

Posso brincar de partidas
Indo e vindo instantes,
Entanto não me deixarei ser eu...
Pois fiz da minha face mil espelhos,
Não me deveria, agora nem me sei.

Quis morar estrelas,
Habitar lugares santos
Mas nas dores evocadas,
Nos entantos dos luares que vivi
Estrelas murcham e caem,
Descobrem a minha carne
Nua, crua, desossada,
Todavia pura de desejo.

Céus e nuvens cobrem
Essa carne viva
Antes tão nobre
Agora um pano desbotado
Sem disfarce,
Sem estrelas, no céu pardo
De manhã, assim tão bela e triste.

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