domingo, 7 de novembro de 2010

um pouco de verdade


não sou aquela
nem essa que vos fala.

assumo personagens.

um pouco de mentira
não me falta.

ensaiando os primeiros passos,
solidão acostumbrada,
retomo a cada tombo
um pouco da verdade.

não sigo vãos caminhos
nem costuro enganos:
o cão lambe
as minhas feridas.

envergo a armadura e sigo.

sempre...me reparto,
e nessas re-partidas,
um pouco de mentira.

sob a minha ferradura
resiliência e força,
égua, cio, abastança...

não me assusta
um pouco de verdade.


Olga Mota

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